Política

Bruno Monteiro assume a Secult-BA em cerimônia com a presença do governador e da ministra da Cultura

Ao som do agogô e do xequerê, o governador Jerônimo Rodrigues, o novo secretário da Cultura, Bruno Monteiro, e a ex-secretária da pasta, Arany Santana, foram recebidos pelo Afoxé Filhos de Gandhi, no foyer do Teatro Castro Alves, para a transmissão de cargo de titular da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult). Entre os convidados, várias gerações de artistas, como Caetano Veloso, Gerônimo Santana e o músico Russo Passapusso, da banda Baiana System.

Para o governador, a Bahia, por seu berço cultural, irá contribuir com a cultura do Brasil. “Quero pedir que a gente faça um grande mutirão, um mutirão representado por um tema tão forte para o governo Lula e para o meu, que é o combate a fome. Enquanto tiver uma criança, um adulto, um jovem, um idoso com a barriga roncando, não podemos dizer que estamos felizes. A fome de cultura também me chama, nós vamos alimentando e abastecendo cada barriga, cada ouvido, cada coração”, afirmou.

De acordo com Jerônimo, é necessário oferecer oportunidades que vão de um extremo ao outro: “precisamos incluir os artistas, os fazedores da arte, os trabalhadores da cultura, nós precisamos olhar para aqueles que estão mais distantes de qualquer tipo de orçamento, qualquer tipo de apoio. Vai ser assim no nosso São João, no nosso Carnaval, nos aniversários. Será assim nas festas culturais em cada canto”.

Jerônimo Rodrigues aproveitou a ocasião para convidar Arany Santana para assumir a Ouvidoria Geral do Estado. A ex-secretária de Cultura aceitou, de pronto, o convite.

Presente na cerimônia, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, falou sobre os desafios à frente da pasta no Governo Federal: “aceitei por entender o significado de poder fazer essa representação dos artistas, do povo da cultura, trabalhadores, trabalhadoras. Eu, mulher negra, que tenho, na minha vivência, essa travessia de 35 anos de carreira com tantas coisas para enfrentar e superar. Vocês são testemunhas da minha trajetória. Eu amo a Bahia, amo a minha cidade, amo essa representação que nós temos e, também, tenho sentimento pela cultura da arte brasileira, em toda sua dimensão e todos seus desdobramentos”.

O secretário Bruno Monteiro reverenciou a diversidade cultural. “A cultura baiana define a identidade não só do povo baiano, mas do povo brasileiro como um todo. E a gente vai tratar a cultura com toda a sua diversidade, compreendendo todas as sete linguagens”, contou.

Monteiro ressaltou que o orçamento previsto para a cultura é de R$ 220 milhões: “e a gente já tem um aporte de, aproximadamente, R$ 148 milhões da Lei Paulo Gustavo, no início do ano. Depois, ainda temos a lei Aldir Blanc 2. Então, teremos recursos, teremos parcerias e muita força nos trabalhos para fazer a cultura ir muito mais longe”.

Arany Santana falou de algumas conquistas da pasta: “temos mecanismos de financiamento para pessoas físicas e jurídicas, viabilizamos processos seletivos para o público LGBTQIA+ e para as culturas periféricas. Nós modernizamos e dinamizamos nossos espaços culturais, mas os desafios continuam.  A cultura ocupa um lugar central na agenda do desenvolvimento social e político, e assume o seu lugar transversal no mundo contemporâneo”.

Caetano Veloso comemorou a reorganização da cultura no país e os novos rumos da cultura na Bahia. “Eu acho importante o que está acontecendo nessa área. Estava tudo desmontado e, agora, está tudo voltando a funcionar, com tanta gente boa, tanta gente querida”, vibrou.

O Balé Folclórico da Bahia também se apresentou na cerimônia. O diretor-geral da companhia, Vavá Botelho, destacou a importância de se cuidar da cultura popular, do folclore, das tradições e das manifestações populares: “é muito importante que todos os governos, em especial este que está começando agora, tenham uma atenção muito grande com a nossa história. Assim, vamos chegar a um futuro consciente dos nossos deveres”.

Outro ícone da cultura popular, o músico Gerônimo Santana também prestigiou a solenidade. “Esse mundão de gente que tem aqui é porque está acreditando no projeto que o nosso secretário vai fazer. Eu acho que a nossa cultura vai seguir o exemplo do novo governo federal, que está reestruturando o país, fazendo com que a cultura também se eleve”, avaliou.

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